"PENAS PARA USUÁRIOS DE DROGAS"


Criminalização, despenalização e descriminalização:antes da Lei 9.099/95 (lei dos juizados criminais) o art. 16 da Lei 6.368/1976 contemplava a posse de droga para consumo pessoal como criminosa (cominava-lhe pena de seis a dois anos de detenção). A conduta que acaba de ser descrita era problema de "polícia" (e levava muita gente para a cadeia). Adotava-se a política norte-americana da criminalização. O usuário de droga era um "criminoso".

A partir da Lei 9.099/1995 permitiu-se (art. 89) a suspensão condicional do processo e, desse modo, abriu-se a primeira perspectiva despenalizadoraem relação à posse de droga para consumo pessoal. Afastou-se a resposta penal dura precedente, sem retirar o caráter criminoso do fato.

Com a Lei 10.259/01 ampliou-se o conceito de infração de menor potencial ofensivo para todos os delitos punidos com pena até dois anos: esse foi mais um passo despenalizadorem relação ao art. 16, que passou para a competência dos juizados criminais. A consolidação dessa tendência adveio com a Lei 11.313/2006, que alterou o art. 61 para admitir como infração de menor potencial ofensivo todas as contravenções assim como os delitos punidos com pena máxima não excedente de dois anos, independentemente do procedimento (comum ou especial).

O caminho da descriminalização formal (e, ao mesmo tempo, da despenalização) adotado agora pela Lei 11.343/2006 em relação ao usuário, de modo firme e resoluto, embora não tenha transformado tal fato em infração administrativa, sem sombra de dúvida constitui uma opção político-criminal minimalista (que se caracteriza pela mínima intervenção do Direito penal), em matéria de consumo pessoal de drogas. A lei brasileira, nesse ponto, está em consonância com a legislação européia (que adota, em relação ao usuário, claramente, a política de redução de danos, não a punitivista norte-americana). De qualquer maneira, não ocorreu a total abolição do antigo art. 16 nem da posse de droga para consumo pessoal. Nesse sentido abolicionista acha-se a sentença proferida pelo juiz Orlando Faccini Neto, da comarca de Carazinho (RS). Mas não foi exatamente isso o que ocorreu com a nova lei de drogas, que passou a contemplar no art. 28 uma infração penal sui generis, punida tão-somente com penas alternativas.

Cabimento de transação penal:o novo "estatuto" do usuário, em linhas gerais, é o seguinte: o art. 28 constitui uma infração penal sui generis, da competência dos juizados, permitindo-se transação penal. Aboliu-se a pena de prisão para ele. Jamais ser-lhe-á imposta tal pena. A transação penal (nos juizados) deve versar sobre as penas alternativas do art. 28 e sua duração não pode passar de cinco meses. Essa pena alternativa transacionada não vale para antecedentes nem para reincidência (por força da Lei 9.099/1995, art. 76). Normalmente a transação penal impede outra no lapso de cinco anos. Em relação ao usuário isso não acontece quando ele reincide na conduta relacionada com a posse de droga para consumo pessoal, ou seja, o usuário pode fazer várias transações penais, dentro ou fora desse lapso temporal (em razão do consumo de droga).

Descumprimento da transação penal: havendo descumprimento da transação penal, para garantir sua execução, dispõe o juiz dos juizados de duas medidas (art. 28, § 6º): admoestação (em primeiro lugar) e multa (essa é a última sanção possível). A multa deve ser executada pelos juizados, nos termos da lei de execução penal (art. 164 e ss.). Caso o agente não tenha bens, aguarda-se melhor ocasião para a execução, até que advenha a prescrição (de dois anos, nos termos do art. 30 da nova lei).

"Reincidência" no art. 28: se o sujeito, depois de feita uma transação, reincide (é encontrado em posse de droga para consumo pessoal outra vez), não está impedida uma nova transação em relação ao art. 28, mesmo que dentro do lapso de cinco anos. O que muda, nessa "reincidência" (que aqui é considerada em sentido não técnico), é o tempo de duração das penas: de cinco meses passa para dez meses. Mas não existe impedimento automático (mesmo dentro do lapso de cinco anos) para a realização de uma nova transação. E se o agente praticar outro fato, distinto do art. 28? Nesse caso, a transação anterior impede outra, no lapso de cinco anos (art. 76, § 2º, II, da Lei 9.099/1995).

Sentença final condenatória: caso não haja transação penal, tenta-se em primeiro lugar, logo após o oferecimento da denúncia, a suspensão condicional do processo (art. 89 da Lei 9.099/1995); não havendo consenso em torno da suspensão ou não sendo ela possível, segue-se o procedimento sumaríssimo da lei dos juizados; as penas do art. 28, nesse caso, são impostas em sentença final, dentro desse rito sumaríssimo. Nessa hipótese a sentença gera todos os efeitos penais (antecedentes, reincidência etc.).

Descumprimento da sentença penal condenatória: em caso de descumprimento da sentença condenatória volta a ter incidência o § 6º do art. 28 da Lei 11.343/2006, ou seja, cabe ao juiz dos juizados ou das execuções fazer a devida admoestação e, quando necessário, aplicar a pena de multa (que será executada nos termos do art. 164 e ss. da lei de execução penal).

Reincidência técnica: caso o sujeito venha a praticar, dentro do lapso de cinco anos, nova infração do art. 28 depois de ter sido condenado antes definitivamente por outro fato idêntico, é tecnicamente reincidente. De qualquer maneira, embora reincidente em sentido técnico, não está impedida nova transação penal para ele (quando pratica novamente a conduta do art. 28). O que muda em relação à anterior transação é o tempo de duração das penas, que passa a ser de dez meses. E se esse o agente tornou-se reincidente cometendo outra infração penal de menor potencial ofensivo, distinta do art. 28? Cabe ao juiz, nesse caso, verificar a questão do "mérito" do agente (antecedentes, personalidade, culpabilidade etc.) assim como a suficiência das penas alternativas em relação à infração cometida. Normalmente, entretanto, a reincidência impede a transação penal.

Como se vê, a nova lei de drogas em hipótese alguma impede nova transação penal para usuário quando ele reincide nessa infração e, de outro lado, de modo algum autoriza aplicar a pena de prisão em relação a ele. O usuário está regido por um novo "estatuto" jurídico no nosso país. Sua conduta ainda não saiu totalmente do Direito penal, mas um dia o legislador brasileiro certamente contará com suficiente coragem para descriminalizar penalmente esse fato, trasladando-o para o mundo do Direito administrativo.

Chegará o dia em que diremos que a posse de droga para consumo pessoal não é problema de polícia nem do Direito penal nem dos juizados, sim, das autoridades, agentes e profissionais sanitários, assistentes sociais, psicólogos, médicos etc. E que não demore muito a chegada desse dia! Devemos proporcionar ao pobre exatamente a mesma política que os ricos (naturalmente) sempre adoraram.


sexta-feira, 2 de abril de 2010

AS DROGAS VICIAM - Dependência Física

Consiste na necessidade sempre presente, a nível fisiológico, o que torna impossível a suspensão brusca das drogas. Essa suspensão acarretaria a chamada crise da "abstinência". A dependência física é o resultado da adaptação do organismo,independente da vontade do indivíduo. A dependência física e a tolerância podem manifestarem-se isoladamente ou associadas, somando-se à dependência psicológica. A suspensão da droga provoca múltiplas alterações somáticas, causando a dramática situação do "delirium tremens".


Isto significa que o corpo não suporta a síndrome da abstinência entrando em estado de pânico. Sob os efeitos físicos da droga, o organismo não tem um bom desenvolvimento.






Dependência Psicológica






Em estado de dependência psicológica, o indivíduo sente um impulso irrefreável, tem que fazer uso das drogas a fim de evitar o mal-estar. A dependência psicológica indica a existência de alterações psíquicas que favorece a aquisição do hábito. O hábito é um dos aspectos importantes a ser considerado na toxicomania, pois a dependência psíquica e a tolerância significam que a dose deverá ser ainda aumentada para se obter os efeitos desejados. A tolerância é o fenômeno responsável pela necessidade sempre presente que o viciado sente em aumentar o uso da droga.


Em estado de dependência psíquica, o desejo de tomar outra dose ou de se aplicar, transforma-se em necessidade, que se não satisfeita leva o indivíduo a um profundo estado de angústia, (estado depressivo). Esse fenômeno não deverá ser atribuído apenas as drogas que causam dependência psicológica. O estado de angústia, por falta ou privação da droga é comum em quase todos os dependentes e viciados.










Requisitos Básicos da Dependência






1 - forte desejo ou compulsão para consumir a substância;


2 - dificuldade no controle de consumir a substância em termos do seu início, término ou níveis de consumo;


3 - estado de abstinência fisiológica quando o uso cessou ou foi reduzido (sintomas de abstinência ou uso da substância para aliviá-los);


4 - evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas;


5 - abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento do tempo necessário para obter ou tomar a substância psicoativa ou para se recuperar dos seus efeitos;


6 - persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente nocivas, tais como dano ao fígado por excesso de álcool, depressão consequênte a período de consumo excessivo da substância ou comprometimento cognitivo relacionado à droga.






Uso de Droga em Adolescentes


Idade de início Substância Tempo para uso problemático


11 anos álcool 2,5 anos


12 anos maconha 1 ano


13 anos cocaína 6 meses


14 anos crack 1 mês










Perfil dos Usuários


81% são de classe média


46,8% cursam o nível superior


50% mencionam apenas os efeitos positivos da droga


84% já tiveram episódios depressivos após o uso


65,6% acreditam que o ecstasy é seguro


15,6% já tiveram problemas financeiros pelo uso do ecstasy


100% usam a droga em grupo


100% são usuários de outras drogas como maconha, cocaína e LSD










Dados Epidemiológicos






20% da população usam substâncias psicoativas no decorrer da vida;


15% no mínimo são portadores da doença da dependência química;


10% a 12% desses usam mais de uma droga concomitante;


A incidência de DQ é de 2 a 6 vezes maior no homem;


DQ evolui do álcool para drogas mais pesadas;


150 mil óbitos/ano por alcoolismo nos USA;


15% dos DQ cometem suicídio (20 vezes maior que na população).










Transtornos Psiquiátricos em Pacientes Dependentes de Álcool






- 218 pacientes alcoolistas x 218 pacientes não alcoolistas - Serviço Ambulatorial Universitário do estado de São Paulo;


- Prevalência em toda vida (LTP) de transtornos psiquiátricos: 70% população alcoolista x 26% população não alcoolista;


- Depressão maior em 50%;


- Personalidade anti-social em 30%;


- Fobias em 20%;


- Abuso/dependência de outras drogas em 19%.






Transtornos de Personalidade na dependência da Cocaína






- prevalência ao longo da vida de transtornos psiquáticos foi de 69%;


- 29% com transtornos afetivos e ansiosos


- 40% com transtornos de personalidade


- 31% sem transtornos






Saiba como Agir nas Emergências






Aprenda a conhecer os sintomas de overdose (intoxicação aguda) e saiba o que fazer quando uma pessoa exagerou no uso de drogas e pode estar precisando da sua ajuda:






Conheça os sintomas:


- Perda da consciência, coma ou sono repentino e/ou profundo


- Respiração lenta ou curta ou parada da respiração


- Sem pulso ou pulso fraco


- Lábios roxos


- Convulsões, movimentos involuntários, desmaios


- Palpitação, taquicardia, dor no peito






Saiba o que fazer:


- Chame o resgate ou ajuda médica para emergências, imediatamente.


- Nunca deixe a pessoa sozinha.


- Deite a pessoa de lado, tenha certeza de não haver comida ou vômito na garganta.


- Afaste o queixo do peito.


- Nunca dê outra droga para combater o efeito.


- Nunca ponha nada na boca da pessoa, incluindo água ou medicamentos.


- Se a pessoa estiver tendo uma convulsão segure a sua cabeça com cuidado para não bater no chão ou em algum móvel






Atenção: A mistura de qualquer droga com álcool ou outras drogas aumenta o risco de overdose, ferimentos, violência, abuso sexual e morte.






Vício sem Fim






Por que é possível se tornar dependente de jogos, chocolate, compras


e até mesmo sexo -










Loucos por Pílulas






Remédios para emagrecer, dormir ou combater a impotência geram uma mania pelo consumo exagerado de medicamentos, cada vez mais frequente nos países desenvolvidos









"LOUCURAS DENTRO DA LEI"

Um longo passado de consumo e de abuso fazem do cigarro e do álcool drogas aceitas pela civilização ocidental, apesar de seus efeitos nocivos no corpo humano



Olhe em torno. Se você não estiver sozinho, é provável que alguém esteja fumando ou bebendo algo alcoólico a sua volta. Não é por menos: hoje, ambos os hábitos estão dentro da lei e são considerados "naturais" por muita gente.


Fumar está sendo cada vez mais proibido em lugares públicos, mas o ato em si continua perfeitamente legal. No caso do álcool, com a exceção de alguns países que seguem leis islâmicas estritas de proibição a bebidas alcoólicas, beber também não é contra a lei na maior parte do planeta.


No entanto, tabagismo e alcoolismo são considerados não apenas doenças, mas verdadeiras epidemias globais. São drogas que causam dependência física: quanto mais alguém as usa, mais quer continuar usando, e em maior quantidade.


A maior ironia sobre o uso do tabaco diz respeito à justificativa que os seus primeiros usuários deram para fumar em paz. As plantas da espécie conhecida pelo nome científico Nicotiana tabacum eram enroladas e fumadas porque teriam virtudes "medicinais", tanto para índios americanos que iniciaram o hábito, como para europeus que o introduziram no resto do mundo.


Hoje se sabe que é justamente o contrário. Fumar faz mal tanto à saúde de indivíduos como das populações. É uma droga que vicia e mata lentamente, embora seu consumo seja legal como resultado de sua história.


Depois que os europeus, liderados pelo navegador genovês Cristóvão Colombo, chegaram às Américas, várias plantas de importância global foram levadas para os demais continentes. Antes da expedição de Colombo, por exemplo, não havia tomate na Europa. E as batatas fritas só foram inventadas depois que foram levadas ao Velho Mundo, assim como a mandioca só se tornaria a dieta básica dos africanos depois que foi importada da América.






Moda Européia






O mesmo vale para o tabaco. Ninguém fumava na Europa antes da era das grandes navegações. No século 16, os europeus se esforçaram para aprender como fumar ou cheirar tabaco (na forma de rapé). Os franceses foram alguns dos primeiros entusiastas. O gênero Nicotiana ao qual pertencem as várias espécies de tabaco - como a mais selvagem Nicotiana rustica - homenageia o embaixador francês em Lisboa, Jean Nicot, que teria sido em pioneiro a enviar sementes da planta para o seu país, por volta de 1550.


O diplomata francês também teve ser nome emprestado para um substância presente no tabaco, a nicotina, responsável por boa parte dos problemas que o hábito de fumar causa, pois ela provoca dependência ao agir no organismo.


O vício sempre esteve à frente das pesquisas que procuravam desmascarar seus efeitos. Já no século 19 se especulava que fumar causaria câncer, notadamante na boca. Mas só na segunda metade do século 20 que as provas científicas se acumulariam de modo incontestável, ligando o hábito de fumar principalmente ao câncer do pulmão. Essas provas sempre foram "contestadas" pelos interessados em perpetuar o tabagismo - os agricultores e os fabricantes de cigarros, charutos, fumo de rolo, rapé, etc.


Além do câncer, o cigarro causa outros efeitos nocivos ao organismo. Com ele, o pulmão tem de trabalhar mais intensamente. É produzido mais muco, que se torna em caldo de cultura para vírus e bactérias, aumentando a suscetibilidade a resfriados, bronquites e outras doenças respiratórias. A fumaça também enfraquece a ação de células que removem partículas estranhas das alvéolos pulmonares.


O coração também tem que trabalhar mais por causa da fumaça nos pulmões. O batimento cardíaco pode aumentar em até 30% durante os primeiros dez minutos depois que a pessoa começa a fumar. E o monóxido de carbono, o mesmo gás incolor do escapamento dos automóveis, entra na corrente sanguínea e faz com que a pessoa receba menos oxigênio em órgãos vitais, como o cérebro. Quem fuma muito pode ter a capacidade de transporte de oxigênio do sangue diminuída em 15%.






Dificuldade em tragar






Fumar nunca foi algo fácil para principiantes. A idéia de aspirar a fumaça de um cilindro de papel com folhas queimando dentro não é de fato muito natural, como miríades de adolescentes aprenderam ao longo dos anos. Mas a pressão social para fazê-lo passou a ser muito grande em determinados momentos da história humana. Fumar se tornou um hábito chique e, ao mesmo tempo, coisa de homem, de macho, ou de mulheres modernas, emancipadas.


A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) deu impulso ao hábito. Cigarros aliviavam a tensão dos combatentes e dos milhões de civis pegos no fogo cruzado. Cigarros viraram moeda de troca. Soldados, especialmente os americanos, recebiam cigarros como parte normal de suas rações (oficiais também recebiam garrafas de uísque, ajudando a disseminar outro hábito viciante).


A indústria cultural acompanhou a tendência. Detetives durões como os vividos por Humphrey Borgat no cinema, ou mulheres desejáveis como Rita Hayworth tinham um copo de uísque em uma mão e um cigarro na outra.


Fumar, assim como beber alucinadamente, é um suicídio lento. Nesses dois casos, o pulmão e o fígado, respectivamente, vão sendo castigados até o momento em que pedem água.


Os dados mostram que o risco de desenvolver um câncer ligado ao tabaco - no pulmão, mas também na bexiga e no esôfago, por exemplo - aumenta de acordo como o número de cigarros fumados por dia e a duração do hábito. O conteúdo de alcatrão no cigarro também tem seu papel. Qual a dimensão básica do risco? Um fumante tem 20 a 30 vezes mais chance de morrer de câncer do pulmão do que um não-fumante.






Álcool e Deuses






O álcool etílico tem um pedigree mais nobre, embora cause também enormes problemas de saúde. Se o tabaco é um vício relativamente recente na maior parte do planeta, o álcool é antiquíssimo - tão antigo quanto a própria civilização.


Há milhares de anos homens e mulheres se embebedam com os produtos da fermentação e da destilação do álcool. Está na Bíblia dos cristãos e judeus, no livro do Gênesis, que Noé bebeu vinho e ficou de porre, terminando vergonhosamente pelado em sua tenda. Depois disso, ele teria se redimido da bebedeira com a famosa arca cheia dos animais que deveriam sobreviver a um dilúvio.


Noé não seria classificado de alcoólatra pelo seu mero porre e ressaca no dia seguinte. Para isso, seria preciso que o hábito continuasse sem controle e afetasse sua vida cotidiana, impedindo a pessoa de trabalhar e manter relações com os demais. Em casos extremos, o viciado em álcool sem acesso à bebida, tem alucinações, tremores e suores semelhantes às de um viciado em ópio.


O efeito do álcool está diretamente relacionado com a concentração no sangue. Em uma pessoa de cerca de 75 Kg, uma concentração de 0,03% de álcool no sangue (provocada por um copo de vinho, por exemplo) já causa uma sensação de relaxamento. Triplicando-se a dose (0,09% de álcool no sangue), a fala e o controle dos músculos são afetados.


Com 0,12%, a capacidade de raciocínio lógico é reduzida, e desaparecem as inibições e o autocontrole. Aos 0,18% a pessoa tem todo seu comportamento afetado, com pernas bambas e dificuldade em ficar acordada. Se o nível de álcool atinge 0,5% do volume do sangue, a pessoa entra em coma profundo, com alto risco de morte. Finalmente, se o índice chega a 1%, a parte do cérebro que controla a respiração deixa de funcionar, levando à morte.






Processo Ancestral






Bebidas alcoólicas são comuns sob o ponto de vista histórico porque a base do processo é um fenômeno natural. Açúcares, estejam eles em frutas, seivas, mel ou cereais, fermentam - isto é, reações químicas produzem álcool etílico, tendo como resultado final o que se chama de "vinho" ou de "cerveja". Foi assim que o ser humano descobriu a embriaguez: acidentalmente. Aquele pote cheio de suco de uva que, de repente, ficou mais interessante...


O próximo passo foi decididamente humano: a invenção de uma técnica para destilar o fermentado, aumentando em muito a concentração de álcool. É por isso que uma cerveja pode ter 4,5% de álcool e um vinho chega a 13,5% enquanto uma vodka, gin, rum ou cachaça pode ultrapassar a casa dos 40%.


Os efeitos do álcool tinham algo de religioso, de místico e mesmo de medicinal na história antiga. Por isso, bebidas fizeram e fazem parte de cerimônias de iniciação, de ritos de passagem, de casamentos. O casal que hoje brinda com champagne é um herdeiro direto do homem e da mulher das cavernas que tomavam sua proto-cerveja, seu proto-vinho.






Bebida Medicinal






Surgidas as primeiras civilizações, também aparece a mística do álcool como algo medicinal, como aconteceu na antiga Mesopotâmia - apesar de simultaneamente, e de modo bem prático, os antigos babilônios, sumérios e assírios também se preocuparem com os efeitos da embriaguez e legislarem a respeito.


No código de leis do rei Hamurabi já havia regulamentos sobre o ato de beber - mas menos restritivos que a famosa "Lei Seca" americana, o período entre as guerras mundiais durante o qual a fabricação e venda de bebidas alcoólicas foram proibidas nos EUA, gerando, como subproduto indesejável, o gangsterismo de gente como o bandido Al Capone.


Apesar das restrições eventuais, o vinho se espalhou pelo mundo. O deus grego Dionísio, chamado de Baco pelos romanos, personificava o vinho - e, apesar dessa fama pagã, o vinho tinto passou a simbolizar o sangue de Cristo na liturgia cristã, além dos clássicos bacanais, as orgias de sexo e vinho dos adoradores de Baco.


Essas e outras múltiplas utilizações do álcool etílico tornaram seu consumo socialmente aceitável, senão desejado. E tornaram as sociedades mais frágeis aos abusos. Destilados ou fermentados baratos foram usados como mercadoria valiosa para aliciar populações vulneráveis, como índios americanos (incluindo os brasileiros), ou africanos. O álcool literalmente dissolveu culturas em várias partes do Terceiro Mundo. Cachaça brasileira, por exemplo, era mercadoria para compra de escravos na África.














"ORIENTAÇÃO RELIGIOSA"

Através dos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental, relatados por Max Heindel, é-nos ensinado que esta vida é uma de muitas outras vidas na qual o homem, como Espírito Virginal, prepara-se para a parte que assumirá no drama cósmico como um colaborador de Deus. Muitas experiências foram necessárias para preparar-nos para o nível de consciência que agora possuímos, e nosso progresso contínuo depende do uso que fizermos de nossos atuais corpos físicos em seus relacionamentos com o crescimento de nossos veículos espirituais.







Um corpo fraco não pode manter a vibração mais elevada que acompanha qualquer crescimento espiritual e é somente através do crescimento espiritual que a atual geração pode preparar-se para a próxima Era Aquariana. Visto que nossos próximos renascimentos podem realizar-se durante esta Era, é necessário que façamos esta preparação ou seremos incapazes de competir com seres que renasçam em um nível mais elevado, pois eles estão se preparando para o evento que se aproxima. O fracasso, nesta vida, pode significar que renasceremos na próxima vida como membros de um grupo de raça inferior.






Muitos fatores estão envolvidos no desenvolvimento espiritual. Esta dissertação, no entanto, será limitada à discussão do que, pelo uso contínuo, é prejudicial ao progresso de uma pessoa, a saber: álcool, drogas e fumo. Sua importância repousa no fato de que eles podem impedir ou mesmo inverter a evolução do indivíduo. Centenas de livros têm sido escritos sobre os efeitos que estas substâncias têm sobre o corpo físico e, diariamente, aparecem artigos em jornais e revistas alertando sobre os problemas que podem resultar do seu uso prolongado. É objetivo deste artigo, contudo, assinalar as implicações espirituais que devem ser consideradas depois que todos os aspectos de ordem física tenham sido estudados.






Aprendemos nos Ensinamentos da Sabedoria Ocidental que o corpo de desejos e a mente estão nos primeiros estágios do desenvolvimento evolutivo. Nosso crescimento depende do trabalho que fizermos para obter controle destes importantes veículos. O uso de qualquer substância que enfraqueça nosso controle sobre estes corpos impede-nos de exercer a necessária disciplina para aprender as lições para as quais renascemos agora - lições que devem ser aprendidas se pretendemos continuar em nosso progresso para cima. Isto quer dizer que devemos empregar todo esforço para obter controle do corpo de desejos e da mente.






Através da descida do Espírito humano na matéria, substâncias foram introduzidas na dieta do homem para capacitá-lo a prosseguir nos sucessivos passos de sua evolução. O álcool foi uma destas substâncias. Anterior à quinta Época ou Época Ária da evolução da Terra, o homem conservava alguma visão espiritual que era sua herança como um Espírito em evolução e, desta maneira, ele estava ciente de seu ser espiritual. Até essa Época, a água tinha sido usada como a principal bebida; então, tornou-se necessário para o homem perder sua visão espiritual para que se tornasse incapaz de ter consciência de sua existência espiritual. Somente desta maneira ele seria capaz de conquistar o mundo físico e aprender as lições necessárias, orientadas assim só para a matéria. Para preencher esta parte do destino do homem, “Baco” o Deus do vinho, apareceu e, sob sua influência, até mesmo as nações mais avançadas esqueceram que as pessoas eram também súditas de uma vida mais elevada. Mais tarde, Cristo Jesus transformou água em vinho, que nessa época estava sendo usada pela humanidade em evolução. O próprio Cristo Jesus era um ser altamente evoluído e não precisava aprender as lições que eram tão necessárias para a humanidade. Ele não precisava de vinho, e não há nenhuma passagem na Bíblia que afirme que Jesus bebeu o vinho.






É tempo, agora, de o homem começar a subir o caminho da evolução e encaminhar-se em direção à Consciência de Cristo - isto é, de desenvolver sua perdida visão espiritual. Desde que o álcool foi usado para capacitar o homem a esquecer seu Eu superior, ninguém que alimente o corpo com bebida alcoólica (produto de fermentação e de deteriorização) poderá saber alguma coisa sobre os reinos espirituais. A próxima Era Aquariana exigirá que o homem tenha conhecimento do seu Eu superior, e aquele que não se preparar para renascimentos futuros, procurando desenvolver a visão espiritual, será incapaz de competir com o homem superior renascido nessa época e terá dado um passo para trás na evolução. Todas as formas de álcool devem, portanto, ser eliminadas da dieta daqueles que desejam continuar na espiral ascendente. Qualquer pessoa afortunada que hoje possua visões ocasionais do mundo espiritual pode arriscar o nível que alcançou por seu trabalho em vidas anteriores pelo contínuo uso do álcool e chegará à Era Aquariana incapaz de ocupar o lugar para o qual tanto trabalhou nas eras passadas.






O uso de drogas ocupa seu lugar como um companheiro do álcool quando o desenvolvimento espiritual do homem é levado em consideração. Ao explorar o difundido uso de drogas na sociedade de hoje, vemos que a necessidade para seu uso gira em torno de três fatores: 1) alívio de dor; 2) tédio: 3) a esperança de experimentar revelação espiritual.






No Conceito Rosacruz do Cosmos, Max Heindel diz-nos que o objetivo da vida não é felicidade, mas experiência. Em nossa luta por aquilo que achamos ser o melhor do lado material da vida, deixamos que nossos desejos nos levem pelos caminhos do prazer, do bem-estar e no conforto. Então, muitas vezes, falhamos em cumprir o objetivo de nossa existência, a saber, ganhar experiência.






Quando abusamos de nossos corpos, ficamos sujeitos à dor, que é a maneira da Natureza dizer-nos que o mau uso que fizemos deles foi longe demais e que é tempo de inverter as condições que resultaram em nosso desconforto. Muitos ignoram este aviso da Natureza e, preferindo uma saída mais confortável, recorrem ao uso de drogas. A tragédia é que, estando sem vontade de fazer uma tentativa honesta para procurar corrigir a causa, não param aqui. Aceitam o alívio temporário que é proporcionado e permitem que seus corpos acumulem uma quantidade cada vez maior de toxinas. Assim, criam uma condição que requer o uso cada vez mais freqüente de drogas, até que são forçados a agir somente através desse meio altamente tóxico; e uma pessoa dominada assim pela droga tem pouca oportunidade de realizar crescimento espiritual nesta vida. Este crescimento exige que o corpo físico e a mente estejam puros e saudáveis para que dêem ao veículo espiritual a disciplina necessária como uma preparação para o trabalho que têm a realizar. Somente o próprio indivíduo pode efetuar as condições que assegurarão a ele um crescimento contínuo. Ele deve, portanto, evitar o uso de drogas ou qualquer outra substância que irá interferir no trabalho do cérebro.






Nossa sociedade é afligida hoje por uma condição auto-imposta chamada tédio que se tornou um dos maiores problemas do homem enquanto ele tenta realizar o destino de sua presente vida. O consumo de calmantes, sonoríferos e pílulas estimulantes aumentou muito e atinge um grande grupo da família humana. Este uso poderia ser eliminado se o indivíduo envolvido procurasse viver como um membro cooperante da sociedade. Ao invés de chafurdar-se em sentimentos de auto-piedade, ele deveria procurar abrir seu coração para seus semelhantes e tentar encontrar a paz que ele almeja por seu serviço à humanidade. Em um nível mais simples, o café e o chá, usados como bebidas, são exemplos de drogas, uma vez que eles produzem um efeito moderado sobre as emoções. Em nível mais alto, os barbitúricos (sedativos) e as anfetaminas (estimulantes) produzem um efeito mais potente. Está confirmado que estas drogas afetam o sistema nervoso central. De forma diferente dos animais, que são governados pelos Espíritos Grupos e, portanto, reagem todos da mesma maneira às drogas, o homem é individualizado e não há nenhuma forma de determinar, com certeza, os efeitos colaterais sobre o corpo. Estes podem ser mínimos ou sérios, dependendo do nível de desenvolvimento espiritual de cada um. Podemos, no entanto, ter a certeza que, em todos os estágios, o efeito será o de diminuir ou retardar o crescimento espiritual presente e futuro.






Drogas como maconha, heroína e LSD, usadas especialmente pela geração mais jovem para produzir uma assim chamada “alta” ou “viagem”, são, realmente, as mais perigosas. Para compreender porque o jovem é suscetível ao uso destas drogas que deixam a mente confusa, é necessário compreender que ele pode ter adquirido recentemente o corpo de desejos (mais ou menos aos 14 anos) ou o corpo mental (mais ou menos aos 21 anos). Esta é a época em que ele determina os limites de sua capacidade e vê o quanto pode desafiar o “status quo”. Muitos jovens estão desejosos de testar os limites de sua capacidade de adaptação. Outros desejam revelação espiritual, que acreditam poder ser induzida pelo uso de drogas. Neste período crítico na vida do indivíduo, freqüentemente falta-lhe a confiança e o carinho de um companheiro mais velho que poderia orientá-lo nesse momento difícil. Para muitos jovens de hoje, esta é uma época de sofrimento e de erro, um período de crescimento cego. As drogas oferecem uma saída, mas, com o tempo, revelarão ser uma saída errada. Sendo alucinatórias, não trazem os resultados desejados; ao contrário, colocam o aspirante em perigo de ser controlado por espíritos indesejáveis, de destruir o corpo físico e de expor-se a efeitos extremamente prejudiciais sobre seus corpos espirituais. Qualquer dano a estes veículos pode exigir mais existências para restaurá-los à adaptabilidade que eles originalmente tinham. Isto significa um recuo certo na evolução. Portanto, uma pessoa que tenha feito muito progresso em renascimentos anteriores poderá perder o valor do árduo trabalho precedente ao afetar seriamente os atuais instrumentos da vida.






O terceiro membro do trio é o fumo, uma mistura complexa de gases, líquidos e partículas sólidas. Não só encontramos muitos componentes químicos no fumo, como também muitos mais são criados à medida que as substâncias se queimam. Qualquer componente pode produzir efeitos prejudiciais sobre o corpo; juntos, podem significar um desastre. Em comentários anteriores, ressaltamos que nosso interesse não é somente com os efeitos sobre o corpo físico, mas também sobre os corpos espirituais. Nossa evolução como seres espirituais depende da aquisição do Dourado Manto Nupcial que é tecido a partir do desenvolvimento dos éteres superiores. Nenhum progresso pode ser feito nestes éteres a menos que elevemos as vibrações de nossos corpos físicos densos, e isto só pode ser conseguido ao mantermos um corpo tão puro quanto nosso atual desenvolvimento o permita. Nenhum atleta ou qualquer outra pessoa que precise de um veículo apto por excelência para seu trabalho faria qualquer coisa que fosse sabidamente nocivo para o corpo e para a mente. Para a pessoa que escolhe seguir o caminho espiritual, a necessidade de abstinência é muito maior, uma vez que toda faculdade do cérebro é necessária para aprender a controlar a mente. Ninguém com um cérebro confuso pode esperar alcançar algum sucesso duradouro, apesar do esforço que empregue para elevar seu nível de consciência. O aspirante não só deve abster-se do uso do fumo, como também precisa tentar evitar, se possível, lugares freqüentados por fumantes, uma vez que estão expostos aos vários compostos que são produzidos ao queimar-se a substância, assim como ao material exalado pelo fumante.






Em resumo, repetimos que, como seres renascidos, deveríamos estar preocupados com o desenvolvimento dos instrumentos do Ego, a saber: o corpo físico denso, o corpo vital, o corpo de desejos e a mente. A qualidade e a condição destes instrumentos determinarão quanto o Ego poderá realizar em seu trabalho de acumular experiências na escola da vida. O álcool, as drogas e o fumo têm um efeito nocivo sobre esses veículos, a ponto de o crescimento espiritual do indivíduo e seu progresso no caminho da evolução poderem ficar seriamente retardados por esses vícios.














"PONTO DE VISTA CLINICO"

Drogas/Vício



Homens são mais suscetíveis ao efeito da cocaína

Não são apenas os aspectos comportamentais que diferenciam os homem das mulheres quando o assunto é consumo de drogas.

Segundo a agência norte-americana Nida (Instituto Nacional sobre Abuso de Drogas, na sigla em inglês), também em relação à cocaína, homens são de Marte, mulheres são de Vênus.


Ao avaliar grupos equivalentes de homens e mulheres sob o efeito da mesma quantidade de cocaína, foi constatado que o efeito era maior no sexo masculino. Os homens ficaram mais eufóricos, com mais sensações boas e depois ficaram mais disfóricos e com mais mal-estar do que as mulheres. Eles também apresentaram maior variação de pressão arterial e de batimentos cardíacos e menor quantidade da droga no sangue.


A explicação, segundo os pesquisadores, é a notável diferença de velocidade no processamento da droga no organismo de um e no de outro.

No corpo do homem, o metabolismo é mais lento, o que torna o efeito da droga maior e mais duradouro. Na mulher, ocorre o contrário.


O resultado prático é que, para obter os mesmos efeitos que o homem, a mulher precisa consumir mais.


Se isso pode redundar em menor adição das mulheres à droga --menos efeito, menos satisfação, mais facilidade de evitar o consumo--, também pode gerar um resultado perverso: ao precisar de uma maior quantidade da droga para obter satisfação, a mulher está mais sujeita a se tornar um consumidor pesado de cocaína.


Segundo a mais importante pesquisa sobre consumo de drogas no país, realizada em 2001 pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas da Universidade Federal de São Paulo, pouco mais de 1 milhão de pessoas já consumiu cocaína no Brasil. Desses, 79% são homens e 22%, mulheres.

Folha de S.Paulo






















IMPORTANTE






Procure o seu médico para diagnosticar doenças, indicar tratamentos e receitar remédios.


As informações disponíveis no site da Dra. Shirley de Campos possuem apenas caráter educativo.






Publicado por: Dra. Shirley de Campos

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Drogas que diminuem a atividade mental







Álcool (Cerveja, vinho, cachaça, uísque, coquetéis, licores, conhaque, etc)






Provocam dependência alcoólica, tonturas, distúrbios do sono, náuseas e vômitos, fala incompreensível, ressaca, reflexos comprometidos (na direção), comportamento violento, depressão respiratória e morte por overdose.


O álcool é a droga que mais mata no mundo, pois tem comércio livre. Atualmente os jovens começam a experimentar bebidas alcoólicas por volta dos 10 anos de idade. O alcoolismo é uma intoxicação alcoólica crônica. Ocasiona danos no aparelho digestivo e no sistema nervoso. O fígado do alcoólico apresenta diversas lesões. Apresentam ainda dores de cabeça, vertigens, cãibras, anestesias parciais e alucinações. Ouvidos e olhos também são afetados.










Benzodiazepínicos (Tranqüilizantes, ansiolíticos e remédios para dormir)






Essas substâncias produzem depressão na atividade do sistema nervoso central, que se caracteriza por diminuição da ansiedade, indução ao sono, relaxamento muscular. Em forma de pílulas ou dissolvidos em bebidas alcoólicas, causam dependência no usuário. Provocam apagamentos com perda de memória, risco de coma e parada respiratória, tontura, e desorientação; náuseas e dificuldades com movimento e com a fala.


Pelo fato do efeito ser contra a ansiedade, essas drogas passaram a gozar imensa popularidade. Os ladrões usam para aplicar golpes em parceiros pois cria sensação de embriaguez que dura várias horas.














Drogas que aumentam a atividade mental






Cocaína (Coca, pó, branquinha, farinha, neve)






Extraída das folhas da Erythrxylon coca, mais conhecida como coca ou epadú, a cocaína é encontrada na forma de um sal.


Para entender mais, o pó é misturado a outras substâncias, como: açúcar, aspirina, xilocaína, pó de mármore, pó de vidro, pó de gesso ou bicarbonato de sódio. Impura, produz mais estragos ao organismo.


É consumida aspirada, dissolvida em água e injetada, ou misturada na bebida.


Produz euforia, excitação, desinibição, agressividade, paranóia, insônia e sensação de poder, produz forte dependência física e psíquica. As primeiras sensações de prazer são substituídas por sintomas de intolerância, ansiedade, enxaquecas, náuseas, vômitos, boca seca, elevação dos batimentos cardíacos, da pressão arterial, da freqüência respiratória, dilatação das pupilas, alucinações, perda de apetite. Riscos de contrair doenças contagiosas. O uso prolongado pode levar a destruição do tecido cerebral.






Cigarros (Tabaco, fumo) (Cigarro, charuto, cigarrilhas, e toda forma de inalar. Pode ser cheirado)






De consumo legalizado, o cigarro é a forma mais cruel de dependência, pois é responsável por 80% das mortes de câncer nos pulmões e provoca outras doenças dolorosas e letais, como o enfizema pulmonar.


Provoca moléstias cardíacas e cardiovasculares, câncer de boca, laringe, faringe, estômago, pâncreas, rins e bronquite crônica. Prejudica tanto o fumante quanto o não fumante (fumante passivo). Mulheres que fumam durante a gravidez tem, em geral, filhos com peso abaixo do normal.










Drogas que alteram a percepção






Maconha (Cannabis Sativa)






Também conhecida como erva, haxixe, baseado, marijuana, a maconha é um conjunto de folhas secas do cânhamo (Cannabis Sativa) usados como cigarro ou ingerida. Muito utilizada pelos povos primitivos de diversas partes do mundo, a maconha foi proibida no Ocidente nos últimos60 anos por causa do abuso dos usuários. Apesar de ter seu uso indicado para o tratamento de algumas doenças, os efeitos maléficos, contra indicam qualquer liberação da droga, segundo a opinião de especialistas.


Os principais efeitos no corpo são: olhos avermelhados, boca seca, taquicardia, diminuição do fluxo de sangue para o coração. Pessoas cardíacas podem morrer com pequena dose. Causa: bronquite, angústia, tremores, suores, perda de memória, da atenção e da motivação, obesidade, e quadros de esquizofrenia. Perda da distinção de tempo e espaço, com sérios prejuízos a quem necessita dirigir. Afeta a produção de hormônio masculino (testosterona) ocasionando esterilidade e provoca distúrbios no ciclo menstrual feminino (interferência na ovulação), câncer de pulmão. Causa dependência psíquica.






LSD (Ácido Lisérgico)






É uma substância sintética, produzida em laboratório. Talvez seja a substância mais ativa que age sobre o cérebro. Pequenas doses causam alucinações que duram de quatro a doze horas, segundo especialistas.


Algumas vezes pode ocorrer a transposição sensorial. Em alguns casos pode ocorrer a "má viagem" com visões terrificantes, deformação do corpo; causa ansiedade, pânico, delírio e sensação de perseguição. Provoca dilatação das pupilas, sudorese, taquicardia, aumento da temperatura, náusea e vômito. Causa dependência física e psíquica, coma e morte.










A droga pode estar mais próxima do jovem do que você imagina. No começo, ele as recebe de pessoas próxima, como amigos, namorado(a), parentes. Em nenhuma hipótese levanta suspeita. Geralmente pertence ao mesmo mundo do jovem. Não são mais os elementos marginais, mal-encarados.


Eles freqüentam os mesmos ambientes e a mesma escola. Podem estar inclusive dentro de academias e muito próximo a atletas. São queridos por todos. Estes traficantes agem silenciosamente e geralmente atingem um grande número de pessoas sem que se perceba. Quando é descoberto já fez a cabeça de muitos adolescentes.


O consumo se espalha entre os amigos e a tendência é de tornarem-se também traficantes. Muita atenção com colegas que vão entrando para o quarto, com conversas em tons baixos, interrompidas bruscamente quando alguém se aproxima.


A maioria dos adultos dependentes químicos de hoje tiveram contato com o vício na juventude.










No mundo das drogas só existe um meio de evita-las, é não ter nenhuma curiosidade em experimentar. Quando alguém lhe oferecer, diga simplesmente "NÃO"!


Fazendo isso, você se livrará de muitas complicações, para o corpo, com a sua família e evitará problemas com a polícia.


Geralmente, quando você recusa maconha, você é taxado de "babaca", "careta", que não é homem e outras ofensas, tentando atingir seu brio.


Saiba que não usando drogas você realmente será um homem com personalidade forte, digno e com um futuro promissor pela frente, você não precisada ilusão da maconha para ser feliz.












"A HISTORIA DAS DROGAS"

O Homem e as drogas


As drogas, que hoje conhecemos como um dos maleNa verdade, muitas delas começaram a ser usadas em tratamentos específicos de certas doenças. Outras, fizeram parte de contextos sócio-culturais de épocas passadas.




A cocaína é produzida a partir das folhas da planta da coca, que é cultivada nas montanhas dos Andes e da América do Sul. Os índios da região conhecem as propriedades de droga da planta há séculos e, muitas vezes, mastigam as suas folhas em ocasiões religiosas e para matar a fome ou combater o cansaço. Este acto é perfeitamente aceitável na sua sociedade – não envolve sentimentos de vergonha ou de culpa, nem tráfico.


Em 1855, foi descoberta uma técnica de extracção da cocaína das folhas da coca e assim nasceu o hábito do consumo de cocaína.


A droga passou a estar muito na moda no Ocidente, especialmente entre escritores e outras figuras do mundo artístico. Nos bares, a cocaína podia ser adicionada a bebidas como a cerveja e o uísque, a pedido do cliente.


Até 1903, a Coca-Cola, um refrigerante mundialmente conhecido e consumido, tinha na sua composição extracto de coca.


Na década de 1970, a cocaína passou a ser conhecida como “a droga dos ricos”, porque era uma droga muito cara.


Hoje em dia, a cocaína é a droga da moda, principalmente no mundo da música e do desporto.


O ópio é outra droga com um passado legal e respeitável.


É produzido a partir da papoila do ópio, cultivada na Ásia e no Extremo Oriente. Até os Gregos e os Romanos conheciam os poderes narcóticos do ópio. O láudano, um derivado do ópio, foi um medicamento de venda livre até inícios do séc. XX. No séc. XIX, o consumo do ópio alastrou pela Europa. Aqui, os cavalheiros fumavam ópio para relaxar. O lucrativo comércio do ópio entre a China e a Grã-Bretanha foi bastante encorajado.




A cannabis vem do arbusto Cannabis sativa que, originalmente, era cultivado na Ásia. Actualmente, já se encontra noutros países. A planta tem peculiares folhas compostas com limbos serrados.


A cannabis foi utilizada na China como medicamento até 2700 a.C. Também tem sido usada num contexto religioso na Ásia e nas Índias Ocidentais.


Na Europa, há um século atrás, a cannabis era utilizada para tratar dores de cabeça, insónia e outras dores.


Actualmente, os médicos americanos estão a testar a sua eficácia no tratamento de glaucoma, esclerose múltipla e asma.


Em alguns países, a cannabis é apresentada sob a forma de uma bebida que se oferece, socialmente, aos convidados.


Na religião rastafariana, a cannabis é adorada como uma erva mística e é muito fumada pelas suas propriedades curativas. Além disso, inspira muitas letras de canções reggae.


No entanto, esta atitude vai contra a lei da Jamaica, onde muitos rastafarianos vivem, já que tanto a posse como o consumo de cannabis são ilegais neste país.


As anfetaminas são estimulantes produzidos pelo Homem que, em tempos, eram receitados para tratar depressões.


Hoje em dia, os médicos só as receitam em ocasiões muito raras, para o tratamento de quadros médicos extremos.


Na Segunda Guerra Mundial e na Guerra do Vietname, forneciam-se anfetaminas às tropas para que melhorassem o seu desempenho.


Actualmente, as anfetaminas para fins não medicinais são produzidas em laboratórios ilegais.






























O ecstasy foi descoberto em 1912 e utilizado como um inibidor de apetite. Esta droga foi ilegalizada em meados da década de 1980.














A heroína pertence ao grupo dos opiáceos, que são usados medicinalmente como supressores de dor. Todos os opiáceos são produzidos a partir da papoila do ópio.


A heroína é produzida a partir da morfina mas é muito mais forte. Na verdade, a heroína apareceu como um substituto da morfina porque, embora a morfina fosse um óptimo medicamento contra as dores, provocava rapidamente a habituação.


A heroína acabou por ser um medicamento ainda melhor contra as dores mas que provocava ainda mais dependência. Assim, os morfinónamos, rapidamente passaram a ser heroinómanos.


A designação de “heroína” vem do facto de se esperarem actos “heróicos” sob a influência desta droga “fantástica”. Por vezes, ainda é utilizada medicinalmente para tratar doentes em estado terminal, como certos doentes de cancro.














O LSD (ácido lisérgico dietilamida) foi produzido pela primeira vez em 1938 por Albert Hofmann, um químico suíço.


Este químico engoliu, por acidente, um pouco da mistura e assim começou a primeira “trip” de ácidos da História.


Na década de 1950, o LSD foi usado medicinalmente no tratamento de dependentes de álcool e de drogas, e durante os tratamentos de psicoterapia.


Nos anos 60, o LSD tornou-se o emblema psicadélico do movimento hippy














O GHB (gama-hidroxiburitrato) é uma hormona sintetizada naturalmente pelos Mamíferos. Foi isolada na década de 60 do século XX e, utilizada como anestésico e sonífero. A sua utilização foi de curta duração, uma vez que se constatou que os seus efeitos secundários (náuseas e falhas de memória, entre outros) o tornavam demasiado perigoso enquanto fármaco.


Embora a Food and Drug Administration dos E.U.A. tenha declarado a substância ilegal, em Portugal tal ainda não sucedeu.


Esta droga é conhecida como easy date, "droga da violação", scoop ou somatomax. É um líquido sem cor e sem cheiro particulares que, em doses pequenas (menos de dois gramas), induz uma sensação de bem-estar e de excitação sexual. A esta sucede-se a sensação de náusea, tontura e dor de cabeça que, associadas à perda de memória ao estado de quase inconsciência, têm transformado esta substância numa «arma» muito usada por violadores (que, geralmente, a misturam na bebida da vítima). O efeito surge cerca de vinte minutos após a ingestão e dura até seis horas. A overdose pode provocar a morte.